quarta-feira, 22 de junho de 2011

POEMA

PUREZA





Dorme nenenzinho!


De lado, com as mãozinhas juntas!


Geme sonhando bebezinho!


Sorrir pra mim de novo, me olha.


Balança as pernas e os bracinhos!


Procura Deus com teu olhar!


Contempla os anjinhos, parceiros teus!


Se aquece no teu pai, Flutua leve com o meu cantar para ti!


Sem mentiras, nem rancores,


Pele macia, cheiro divino,


Alma santa, sem máscaras, nem véu!


Enfim descobri:


Já sei como é o Céu!!!






Para Tádias Telles
5 meses de vida
14/04/11

“RACHADURAS DA ALMA




RESENHA DE: “RACHADURAS DA ALMA”
(Textos – Poemas – Crônicas – Pensamentos – Orientações de vida – Mensagens)



O que fazer para compreender a vida, e o melhor, ofertar tesouros encontrados nos caminhos tórridos engrandecidos por essas riquezas? A pesquisa científica apreende uma inesgotável quantidade de verdades, e a percuciência filosófica penetra nas entranhas das verdades numa caçada metafísica ao vórtice. As artes absorvem os fenômenos e voam sobre eles, e a eles voltam, e voam outras e outras vezes. Como os pássaros que ganham os espaços e buscam árvores, e voltam aos espaços. É como se a vida valesse a pena, faltando todavia, coisas fundamentais, enigmaticamente fecundas. Por vezes, cantando uma canção, tocamos nas faíscas das Grandes Verdades. Outras vezes, numa expressiva troca de olhares, ou numa recíproca doação sacroprofana de beijos. Precisamos de explicações para muitas coisas; e precisamos que não hajam explicações para muitas coisas. Daí, este livro, por vias de textos, explica uma série de fenômenos, no entanto, entrega poemas, pensamentos como pássaros doloridos pelas saídas cortantes de gaiolas. O que importa, por fim, é a vida em sua inteireza. Então o cotidiano precisa ser captado em suas manifestações e subjacências. Daí entregarmos crônicas ao leitor e significativos diálogos que o autor desta obra manteve em entrevistas na imprensa falada e escrita.
E o que fazer com o conhecimento, a vivência, as reflexões, experiências, leituras e meditações? Fundamentado, inclusive, em resultados concretos obtidos pelo autor mesmo e que muita gente obteve ao nos procurar, entregamos alguma coisa ao leitor por intermédio de mensagens e orientações de vida. É um trabalho poético-filosófico que deleita, porem martela cabeças humanas e aponta caminhos. Sem a poética, não se apontam caminhos com total segurança, pois que a beleza está incrustada até nas entranhas de um monstro, dialeticamente brotado e brotante.
O transformismo. Um texto não tem fim. Seu suposto final, ou seja, seu esgotamento é reclamado pela Poética e pela Filosofia, que rasgando espaços e tempos fornecem elementos reclamados pelo concreto, pelo cotidiano. É assim que procuramos entregar ao leitor fleches de Filosofia, Poética e Ciências Humanas, para que sejam provisoriamente arrumados, ajustados como propedêutica à desarrumação construtiva rumo além da fortaleza do leão, do vôo da águia, da segurança da coruja e da beleza do pavão. O ser humano é muito mais do que tudo isto, e muito pouco quando a sensibilidade é narcotizada, a capacidade científica desordenada e a reflexão filosófica obliterada.

PUNHOS DE AÇO EM PONTA DE FACA




RESENHA DE: “PUNHOS DE AÇO EM PONTA DE FACA”
(A superfície e os porões da vida latino-americana)



Esta é uma obra de Antropologia Social e Política, com muito rigor nas investigações, mas sem omissões às questões graves que afetam profundamente o corpo e a alma dos habitantes da América Latina. Portanto, não esperem uma postura positiva.
Sugerimos com insistência neste livro que o MERCOSUL se fortalecesse e que o Brasil se relacionasse melhor com a China, a Índia, a Rússia, e a França. E o Lula fez isto com impecável personalidade. (Este livro foi a ele enviado há uns 13 anos atrás). Para a segunda edição, estamos fazendo algumas atualizações, mas o arcabouço teórico se mantém firme. Embora o Brasil e a América Latina tenham mudado parcialmente não houve uma descaracterização continental. E fizemos nesta obra uma série de previsões que vão se concretizando. E é mostrado como o ser humano enfrenta ou dribla a velhice e a morte, inclusive desde os tempos dos Astecas, Incas e Maias, penetrando também nas áreas habitadas hoje pó índios ou remanescentes.
Num continente faminto, porém criativo, é possível seus habitantes ocuparem-se com Poesia, Ecologia, Parapsicologia, Ufologia? Sim. Como e porque, o livro explica.
São estudados nesta obra os fenômenos humanos em sua totalidade dentro do continente. Um mercado, um pedinte estirando as mãos, um cego tocando uma guarânia, crianças na rodoviária, idosos na praça, mulheres “copulando” através do brilho dos olhos, músicas, preces, torturas nas prisões, festas, ternura, lutas armadas e não armadas, Deus, Justiça e Liberdade, a obra busca os significados histórico-culturais e existenciais. A luta entre o oprimido e o opressor no sentido geral. O estudante, o professor, torturadores e torturados através da história. A música, o carnaval, o tráfico de drogas, os grandes idealistas e os doentes da alma, os sádicos, os necrófilos. Mas também a exuberância do continente, suas áreas paradisíacas e seus supertalentos.
Embora haja diversidades, há bem mais similaridades entre os habitantes e suas histórias, e suas condições de vida.
A ciência, a Filosofia, a Poética, a Paraciência, elementos místicos profundos, tudo isto tem que ser recorrido porque está cruzado na vida humana e de modo esplêndido no comportamento latino-americano. Por que tanta beleza e feiúra? Este livro percorre a superfície e os porões de nossas vidas, para responder ao leitor.

“DIMENSÕES DA ANGÚSTIA HUMANA”




RESENHA DE: “DIMENSÕES DA ANGÚSTIA HUMANA”
(Um estudo psicossociocultural do home, desdobrado numa antropologia filosófica)
(2ª edição – Erechim-RS – São Cristóvão – ano 2004 – 502 páginas)


Inúmeras perguntas serão respondidas neste livro. Algumas delas, por exemplo: Por quê determinados valores neurotizam, o que é neurose e por que Choques culturais podem desmantelar interiormente um indivíduo? Por que se descamba para o homossexualismo e até que ponto Ele se liga a fenômenos político-culturais, históricos e socioeconômicos, e onde entra a natureza humana nisto? Por que em algumas épocas e lugares o incesto e o parricídio não são considerados pecaminosos, maus, nem juridicamente ilegais? Por que homossexuais se casam na Holanda e irmãos se casam na Suécia? E a luta das mulheres! Que ligação há entre a história sociológica da humanidade e a repelência entre casais, e que ligação há entre a atração dos sexos opostos e a teoria de Platão sobre a unidade do ser humano? O que é normal e anormal? A época Cósmico – Eletrônica – Espacial solapou preconceitos e estereótipos ou, também, os substituiu por outros? Como fica o latino – americano diante de tudo isso? Como é possível encontrar o Ser do Homem em comportamentos tão divergentes quando estudamos um índio mais isolado, um nordestino rurbanizado e um sueco pós-civilizado?
Qual a presença do mito nos centros urbanos? Quando governantes facilitam aos pobres a compra da casa própria, estão agindo com táticas paternalistas, interesses particularistas, boa intenção humanitária, blefes calculísticos, ou também intuindo sobre a relação estre a casa própria e o espaço sagrado que sustenta o homem desde seus primórdios? Por que tantos temem a solidão e qual o seu valor existencial? Que tem o sorriso e o choro a ver com a ideologia da produção e do consumo? Socialismo e Capitalismo, no sentido tradicional, ainda fazem algum sentido hoje?
O que é que faz sentido em nossas vidas? A família vai se esfacelar? Vale a pena a família? Qual sua relação com a cultura e a estrutura social?
E o bloqueio às forças, capacidades e potencialidades do homem? O que se passa com as nossas criancinhas? E o reflexo do bloqueio às suas potencialidades para a sociedade, o conhecimento e os poderes individuais? E o desconhecido, que tem a ver com a relação entre os problemas sociais e a estrutura onírica do homem? Os sonhos refletirão sempre a cultura? Se assim for, onde fica a parapsicologia, o mundo das artes e os mergulhos dados pelas antigas doutrinas secretas do Oriente?
O homem está interligado com o mundo, o cosmos, o universo. Para diagnosticar as profundezas de suas angústias, temos que investigá-lo multiculturalmente. É o que faz este livro fruto de mais de dez anos de pesquisas e reflexões.

“OS MALABARISTAS DA VIDA – UM ESTUDO ANTROPOLÓGICO DA BOEMIA”












RESENHA DE: “OS MALABARISTAS DA VIDA – UM ESTUDO ANTROPOLÓGICO DA BOEMIA”
(2ª edição – Passo Fundo-RS – Berthier – Ano 2000 – 384 páginas)





Não é o mundo atual apenas que tem responsabilidades sobre o comportamento boêmio. Pois tal comportamento existe desde os inícios da vida humana e está ligado às festas (danças, cantos, rituais, religiões) e tem um sentido não só cultural, mas também metafísico.
A vida boêmia também se encontra entre os indígenas, embora nem sempre dionisiacamente, conforme Ruth Benedict observou entre os “Pueblos”.
A boemia contribuiu para o desenvolvimento cultural do povo mais talentoso do mundo: o grego antigo, e concorreu para a derrocada da civilização mais poderosa do mundo: a romana antiga. “O Banquete”, de Platão, uma das mais grandiosas obras poético-filosóficas do mundo, tem sua história intimamente ligada à vida boêmia. Contudo, algo mais atua por trás disto tudo: os dramas e maravilhas da condição humana.
O leitor vai saber de lindas e trágicas histórias de boêmios, engraçados e deprimentes acontecimentos nos bares da vida, lágrimas, porém mais poesias, músicas, teatralidade e discursos filosóficos, um mundo de realidades e sonhos e até fantástico, nos bares noturnos.
E não vou perder de vista a relação entre os bares noturnos e a musica popular brasileira. Nem o significado da dança. São as verdades escavadas nas noites que o leitor vai encontrar nesta obra antropológica inédita. E a verdade não se abre tanto quando o abstêmio quer explicar o boêmio, quando a psiquiatra quer explicar o louco, nem quando o estóico quer explicar o hedonista. A verdade transparece mais quando o abstêmio bebe e bêbado canta e dança de prazer, ou urra de angustia; quando o psiquiatra perde o autocontrole e o louco pinta, esculpe, desenha ou se emporcalha de excrementos; quando a superpuritana escandaliza de gozo sexual.
E se o peregrino da noite é um malabarista entre o lar e a rua, o ócio e os negócios, o estoicismo e o hedonismo, prometeu e Dionísio, a mudança e a resistência à mudança, a vida e a morte, então a vida boêmia é um objeto imprescindível para um estudo antropológico que nunca foi feito e se inicia com esta obra.